sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Estudo para o tempo

Numa praia ou num deserto,
cavar um buraco (do tamanho que quiser) na areia, sentar-se e esperar, em silêncio, até que o vento o preencha inteiramente.

Cildo Meireles, 1969.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Muda a foto, muda a noticia.


As fotografias de Mauro Restiffe, que integram o projeto Fotojornalismo, ilustram reportágens publicadas em jornais. Mas elas não são fotos informativas, como normalmente vemos nas páginas dos jornais. Mudou a foto. Mudou a notícia?

O acampamento Farroupilha não é feito somente das muldidões, do chimarrão e do churrasco. Mauro nos mostra a árvore que cresce entre piquetes, o cavalo que espera a liberdade, a pessoa que descanssa... deitada no banco.

A nostalgia das fotos analógicas em preto e branco trazem à reflexão a tensão entre os excessos da sociedade da informação e a visão literária do cotidiano. Afinal, por que quando tratamos do nosso dia a dia, o fazemos com ares de notícia desinteressada? A beleza se encontra onde abrirmos nossos olhos, onde direcionamos nosso olhar: pode ser ao cachorro que cheira o musgo, no avô que corre com seu neto, no cheiro do café da manhã, no frescor das árvores, no muro grafitado, no fruteiro sorridente, no gato que senta à janela.

Existem diferentes modos de ver o mundo e de expressar sobre ele. Para garantir a riqueza da diversidade deve existir também espaço e olhos abertos.

sábado, 7 de novembro de 2009

A morte como vantagem...


"A morte é nossa única certeza".
Essa frase em muitas pessoas desperta temores e dúvidas existenciais do tipo, por que morremos? Se direcionarmos o olhar sobre a morte para o ponto de vista evolutivo, teremos ela como boa amiga.

É por que morremos que somos únicos. Antes da reprodução sexuada, os seres vivos se
propagavam por meio de cópias de si. Podemos dizer então que a reprodução assexuada
imortaliza os seres... Em contrapartida, na reprodução sexuada, o pai e a mãe fornecem partes de si, que se misturam para formar um
novo ser.


A morte, meu amigo, nos deu a diversidade!